POETAS DO BRASIL

Blog para divulgar poetas brasileiros e estrangeiros que têm participado das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia, realizado anualmente na cidade de Bento Gonçalves/RS, sempre na primeira semana de outubro

quinta-feira, abril 08, 2010

BRENDA MAR(QUE)S PENA — Poetisa mineira, nasceu em Belo Horizonte em dia de folia de Reis, 06 de janeiro de 1981. Enveredou-se pela escrita literária aos 12 anos e aos 14 foi destaque em prêmios de crônica, conto e poesia e passou a integrar o Clube Literário de Brasília. Hoje Preside o Instituto Imersão Latina (IMEL) e representa o Movimento Poetas del Mundo como Cônsul de Belo Horizonte.
Possui textos em diversas antologias nacionais e internacionais. É uma das autoras de Mulheres no Banquete de Eros/Mujeres en el Banquete de Eros – Editora Abrace 2008, lançado em Cuba e na I BIP – Bienal Internacional de Poesia na capital do Brasil. Em 2008 apresentou o Ritual da Mulher Poliglota durante o XVI Congresso Brasileiro de Poesia de Bento Gonçalves que foi publicado este ano no livro Letras de Babel 4 do Movimento aBrace. Medalha de Bronze no Prêmio Carlos Drummond de Andrade CBM, em 1998, e no I Festival de Cultura Popular, 2000. Participou da Bienal Internacional do Livro do ano 2000, de São Paulo, pela Alba Editora e em 2009, no Rio de Janeiro, pela All Print Editora.
Brenda é formada em Jornalismo, pelo Centro Universitário de Belo Horizonte, com mestrado em Literatura e Outros Sistemas Semióticos, pela UFMG. Neste ano de 2009 lança seu primeiro livro individual: Poesia Sonora – histórias e desdobramentos de uma vanguarda poética, pela coleção Dissertar da Tradição Planalto Editora.
Apresentou performances poéticas no Brasil, Cuba, Estados Unidos, França e Argentina. Participou da Jornada Andina de Literatura Latinoamericana (Jalla 2008) como palestrante no Chile e na Venezuela durante o Fórum Social Mundial Policêntrico em 2006.

ÁTRIO INTERNO

© BRENDA MAR(QUE)S PENA

A um poeta não está reservada glória
Nem dos deuses nem dos humanos
Ele transita no discurso do indizível
Tecendo os fios da própria memória
E produz metáforas até do desprezível.

Tocado pelo cheiro na intimidade
No belo não vê mais efemeridade
Tateia os gostos e saboreia olhares
Diverte-se com cenas do imperceptível
A luz de seus olhos penetra o invisível
E colore a alma humana de existência.

Dê-lhe os rios, pontes e portas
Papel, caneta e computador
Deixe-o construir ferramentas
Para aliviar sua cortante dor.

Ele come as palavras e depois as cospe
Mastiga literatura e a tritura no estômago
Constrói os concretos no que abstrata
Perfuma de essência tudo o que trata
O prato oferecido pode até ser amargo
E, ainda que doce, produzirá o atrito
Capaz de desfazer todo viver restrito.

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