POETAS DO BRASIL

Blog para divulgar poetas brasileiros e estrangeiros que têm participado das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia, realizado anualmente na cidade de Bento Gonçalves/RS, sempre na primeira semana de outubro

sexta-feira, abril 20, 2007


TCHELLO d’BARROS — nascido em 1967, é escritor e artista visual. Natural de Brunópolis/SC, residiu 15 anos em Blumenau/SC, onde iniciou a carreira artística. Percorreu 20 países em constantes pesquisas na área cultural e desde 2004 está radicado em Maceió/AL onde escreve e produz sua obra visual, expondo na Internet e em diversos espaços culturais pelo Brasil.
Publicou 5 livros de Poesia e possui 2 inéditos de Conto e Crônica. Foi sócio-fundador da Sociedade Escritores de Blumenau, presidente por duas gestões, tendo idealizado e coordenado diversos projetos culturais. Foi um dos idealizadores e coordenadores das edições do Fórum Brasileiro de Literatura.
Realizou 12 mostras individuais e como designer, desenvolveu ilustrações para agências de publicidade e estúdios de criação têxtil. Ilustrou jornais, revistas e livros, num total de mais de 10.000 desenhos.
É membro fundador do Fórum de Artes Visuais de Alagoas, gestor de Literatura do APL Cultura em Jaraguá, membro-fundador do INAV Instituto Nacional de Artes Visuais e integra a Câmara Setorial de Artes Visuais - Minc/Funarte.
www.tchello.art.br

mais
luz
do
que
o
sol
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céu

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do
seu
sim

© TCHELO d’BARROS


FÁTIMA REGINA BATISTA Administradora, artesã, pintora e poeta amadora. 44 anos, nasceu em Loanda, estado do Paraná. Filha de agricultores, em 1974 mudou-se com a família para São Paulo. Aos 16 anos começou a trabalhar como Auxiliar de Escritório em um Banco. Aos 21 anos entrou para a faculdade São Marcos, onde cursou Letras, com ênfase em Literatura. Aos 28 anos entrou para a faculdade de Administração de Empresas, e em 2003 fez extensão universitária em Custos.Hoje trabalha como administradora financeira em uma multinacional no ABC Paulista, onde também reside.
Poeta amadora, escreve desde a adolescência, e algumas de suas poesias estão publicadas na “Antologia de Escritores Brasileiros” (2ª Edição), “Poesia do Brasil – Volume 3” e “Antologia de Haicais CF4”.
Seus textos podem ser encontrados no site
http://www.soletrando.recantodasletras.com.br
e Poetas Del Mundo
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=1306

PRESENTE

© FÁTIMA R. BATISTA

Embalei-me e me entreguei
Fiz-me contente, numa embalagem de presente
— Devolveste-me sem abrir, sem ver o conteúdo
Fez-se mudo, fez-se ausente

De volta, quebrada, dividida
Recolhi os pedaços, recompus
Colei onde foi possível, refiz peça perdida
Num quebra cabeças, no escuro, sem luz

Escondi-me num canto, curei feridas
Sem me importar com cicatrizes, saí
Fui pra rua, não estava pronta, tropecei
Muitas vezes, outras tantas cai

Mas o tempo, meu tempo presente
Traz-me de volta, faz milagres, cura
Minha alma, seca minhas lágrimas
E me recupera, tira-me da loucura

Olho, o sol que se põe, tarde que chega
Vida que vai, vida que vem, presente
Tempo presente, vivo meu presente
Mas não mais me dou de presente.



PUBLICAÇÕES DO CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA (3)


CONTOS MÍNIMOS IDÉIAS MÁXIMAS

Participantes:
Ademir Antonio Bacca • Aldmeriza Riker • Daiane de Castro • Fernanda Frazão • Haidê Vieira Pigatto • José Mendonça Teles • Marcos Zeri Ferreira • Marilu Duarte • Odete Virgínia Michelin • Paulo Renato Lino Rodrigues • Remy de Araújo Soares • Rosa Maria de Britto Cosenza • Sandra Falcone • Shirley Aparecida Stefani • Stella Mello • Suely de Freitas Martí • Vanderley Caixe •


ALCIONE GUIMARÃES — nasceu e vive em Goiânia, Goiás. Formada em Direito pela UCG, é artista plástica com diversas premiações. Em 2000, estreou como escritora, com a publicação de Zuarte, editora Kelps, Goiânia, livro de poemas e pinturas. Recebeu menção especial – Prêmio de Poesia Centenário de Henriqueta Lisboa, pela Academia Mineira de Letras. Em 2006, publicou Fuso de Prata, livro de contos pela Nankin Editorial, São Paulo. É membro da União Brasileira de Escritores de Goiás e sócio-correspondente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

ZUARTE — 1

© ALCIONE GUIMARÃES

O mistério da trama
urde o poema.

O silêncio é o fio.
A palavra, a tecedura
mágica dos versos.

No silêncio me exponho às avessas,
meadas e meandros,
fio por fio.

A palavra o define e escava de mim
a verdade e a prece.
Transparece-me.

Com versos, costuro meus vestidos,
me desnudo.
Emendo meus retalhos,
me refaço.