POETAS DO BRASIL

Blog para divulgar poetas brasileiros e estrangeiros que têm participado das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia, realizado anualmente na cidade de Bento Gonçalves/RS, sempre na primeira semana de outubro

sexta-feira, outubro 19, 2007

Foto: Flávio Monteiro
SERGIVAL — José Sergival da Silva, nasceu em 09/04/65 na cidade de Nossa Senhora da Glória - SE. Iniciou suas atividades literárias na II Semana de Artes da Petrobras em 1990, conquistando o primeiro lugar nas categorias Poesia Inédita e Declamador. Em 1991 enveredou pelo caminho da dramaturgia, escrevendo peças e roteiros para o grupo teatral Retirantes. Ingressa no Grupo Cultural Pórtico em dezembro de 1996, participando do Anuário 1997, da antologia Hermanos e do Prêmio Nacional Gregório de Matos. Em 30 de julho de 1998 foi eleito para o M.A.C. da Academia Sergipana de Letras (Movimento de Apoio Cultural), ocupando a cadeira de nº 07, passando a freqüentar as sessões daquela casa. Seu primeiro livro, Sementear, de poesias e contos, foi lançado oficialmente na IX Feira Internacional do Livro de Cuba. 9 a 15 de fevereiro de 2000, realizada no Forte San Carlos de la Cabaña na cidade de Havana, onde nosso poeta além de declamar seus poemas, autografou seu livro neste que é um dos maiores eventos literários da América Latina, repetindo o sucesso também na União Nacional dos Escritores de Cuba, ratificando seu ingresso no Projeto Cultural Sul, onde passou a coordenar a Regional Sergipe a convite do presidente Ademir Bacca. Além da literatura e do teatro, tem um pé na música e outro na fotografia, tendo recebido as comendas do mérito cultural Ignácio Barbosa, Silvio Romero e Gérson Filho pelo conjunto de sua obra.

ANAGRAMA

© SERGIVAL SILVA

Valei-me padim Pade Cirço
Valei-me meu Frei Damião
Livrai o meu Rio São Francisco
Das garras da Transposição

Que é um pecado sem perdão
Só mais tarde vão saber
Que não se mexe na criação
Tirando a força de uma vazão
Mudando o rumo do rio correr

Valei-me Dadá e Corisco
Reúne o bando, Lampião,
Não deixem sangrar o Velho Chico
Pras terras de Seu Capitão

Pois o dono vai cercar
E no sertão ninguém vai ver
Um pouco d'água pras "criação"
E o sertanejo, cuia na mão
Vende o seu voto pra beber

Valei-me guerreiro das águas
Cacique da grande nação
Ecoa teu grito de guerra
Tacape e borduna na mão

Que o teu peixe vai sumir
E o mar vai invadir
Varrendo o solo e a plantação
Trazendo a fome e a destruição
Até mais nada existir

Levanta sua voz pescador
Não deixa seu barco afundar
O rio é de quem vive dele
O rio é de quem sabe amar

Levanta sua voz cantador
Levanta doutor e peão
Levanta que o rio ta chamando
Querendo ouvir seu refrão:
No Velho Chico ninguém põe a mão
O que queremos é Revitalização
Ação, ação, ação.

1 Comentários:

Blogger SAM disse...

Que voz bonita!

Eu a ouço na oralidade de sua poesia. Levanta a sua voz cantador, porque é bonita demais...

Beijo

9:08 PM  

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